quinta-feira, 31 de outubro de 2013

AS COMPRAS DO BRUXO (Gabriel Sarmento)





AS COMPRAS DO BRUXO


O BRUXO FOI A UMA LOJA DE LUXO
E PERGUNTOU: - TEM MOLHO DE SOLUÇO?
A DONA FALOU: - AQUI É UMA LOJA DE LUXO,
NÃO VIU NA PLACA, MALUCO?


(GABRIEL SARMENTO)
(6 ANOS - 31/10/2013)

O RESTAURANTE DA BRUXA (Andra Valladares)


O RESTAURANTE DA BRUXA


a bruxa caluca, que é UM TANTO MALUCA
inaugurou um restaurante
com pratos extravagantes...
na porta DE ENTRADA, PENDUROU UM CARTAZ  
COM o menu da semana:

na segunda-feira
PRATO INCOMUM
ENSOPADO de urubu com urucum

NA TERÇA-FEIRA
pRATO ESQUISITO
SAPO FRITO COM MOLHO DE MOSQUITO

NA QUARTA-FEIRA
PRATO SEM IGUAL
TORTA DE BATATA COM RECHEIO DE BARATA

NA QUINTA-FEIRA
PRATO QUASE PERFEITO
mACARRÃO AO FORNO COM PELO DE GATO PRETO

NA SEXTA-FEIRA
PRATO DE BAIXA CALORIA
SALADA DE URTIGA SALPICADA COM FORMIGAs

NO SÁBADO
PRATO QUE É UM ESTOURO
FAROFA DE PÓLVORA COM ASAS DE BESOURO

NO DOMINGO
PRATO TAMANHO FAMÍLIA
ESPAGUETE de minhoca com MOLHO DE ERVILHA

PARA QUEM GOSTA DE SOBREMESA,
TEM TODOS OS DIAS da semana:

SORVETE DE PIMENTA COM COBERTURA VERDE GOSmENTA
TORTILHAS DE MAÇÃ COM BABA DE VACA aLEMÃ
cUPCAKE DE OURIÇO COM GOTAS DE CHOCOLATE SUIÇO
BANANA FLAMBADA COM BOLACHA MOFADA

pAra quem não quer provar nada,
a bruxa caluca dá sua risada
que deixa toda gente arrepiada...

hAhahahahaha !!!! hihihi !!! 


(Andra Valladares)


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sarau Infantil na Academia de Letras Humberto de Campos


Amiguinhos,

Hoje vou dar uma dica muito legal sobre cultura, no próximo domingo, dia 20/10, às 16h, a Academia de Letras Humberto de Campos (Vila Velha/ES), estará realizando um Sarau Infantil muito legal em comemoração ao dia das crianças. Não percam!



sábado, 3 de agosto de 2013

Cecília Meirelles - Poemas infantis

Olá amigos.

Hoje vamos postar dois poemas de uma grande poeta chamada CECÍLIA MEIRELES, que nasceu no Rio de Janeiro , no dia 07/11/1901 e faleceu na mesma cidade no dia 09/11/1964. Ela foi poeta, pintora, professora e jornalista e é considerada um dos maiores nomes da poesia lírica brasileira. Dentre os poemas de sua extensa obra literária, a autora também possui poemas voltados para o público infantil. 





Cecília Meireles

Os poemas abaixo fazem parte do livro OU ISTO OU AQUILO publicado pela primeira vez no ano de 1964. Atualmente esse livro foi relançado pela Global Editora em uma bela edição de capa dura e ricamente ilustrado por ODILON MORAES.  


No dia 18 de abril deste ano, Dia da Literatura Infantil, presenteei a mim mesma com este livro pois sou fã da Cecília e a considero como minha poeta-musa-inspiradora. Amo tudo que ela escreveu!

Espero que gostem dos poemas que selecionei para vocês. 

Beijinhos!

Andra





LEILÃO DE JARDIM


Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)




A AVÓ DO MENINÓ


A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz "cocorocó!"
A avó bate pão-de-ló
e anda um vento-t-o-tó
na cortina de filó.
A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
mas se o neto Ricardó
mas se o neto travessó
vai à casa da avó,
os dois jogam dominó. 


sábado, 27 de julho de 2013

Onomatopeia (Valsema Rodrigues)

Olá Amigos,


Hoje vou postar um poema chamado ONOMATOPEIA que foi escrito por uma amiga muito querida chamada Valsema Rodrigues. Costumo chamar Valsema de Val e a considero minha "fada-madrinha" por ter aparecido de repente na minha vida e com sua "varinha mágica" da amizade e generosidade, ter me ajudado a realizar dois grandes sonhos. 

Espero que gostem desse poema que além de muito legal também tem objetivo didático. Futuramente postarei outros trabalhos da fada Val por aqui. 

Você sabe o que é uma ONOMATOPEIA?



Onomatopeia é como se chama a figura de linguagem que representa a REPRODUÇÃO DE UM SOM com um fonema ou palavra.Ruídos, gritos, canto ou sons de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, dentre outros sons fazem parte do universo das onomatopeias. As onomatopeias são muito usadas nas histórias em quadrinhos.

Você pode, inclusive, criar uma onomatopeia de determinado som. Que tal tentar?

Neste instante estou ouvindo o som do vendedor de quebra-queixo tocando seu triângulo: toc...toc..tique...tim...toc...tim..tim... tim... 

Beijinhos
Andra





Onomatopeia


Lá vai o caracol
todo enroladinho
levando a gramática 
nas costas...

Lá vai o caracol
andando bem devagar...
Não quer acordar o sol
nem o amarelo girassol...

La vai o caracol
agachadinho
para não perturbar 
o vizinho,
por isso repete baixinho:

Tique-taque...
Pum! Pum!
Tchibum! Tchibum!
Zás-zás...
Zum-zum... zum-zum...
Onomatopeia!


(Valsema Rodrigues)


** poema integrante do livro "No Reino das Palavras" **







Valsema Rodrigues



Valsema Rodrigues é professora, poeta e declamadora. Reside em Vila Velha há 40 anos. É membro da Academia de Letras Humberto de Campos, Academia Feminina Espírito-santentese de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Espírito-Santo e Clube dos Trovadores Capixabas.  Autora dos seguintes livros: Trovas infantis; Levadinha da Breca; Liberdade na Poesia; No Amor na Primavera (bilingue) e participou de várias coletâneas de poesias. Sua obra mais recente é o livro de poemas "NO REINO DAS PALAVRAS".

Contato: val.vix@terra.com.br



Valsema, Gabriel e Andra - a foto acima foi tirada no dia em que fomos ao Shopping Boulevard Vila Velha declamar poemas do Carlos Drummond de Andrade 



quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pirilampos (Sandra Sarmento)

Olá amigos!

Hoje vou postar um poema que minha mãe escreveu e gosto muito. Musiquei esse poema e a canção ficou bem bacana, qualquer dia posto um video para vocês conhecerem.

Beijinhos,

Andra
  




Pirilampos



Gotinhas de luz
a piscar...a piscar...
Na noite escura,
num doce bailar.
Gentis pirilampos
deslizam no ar...

Parece magia,
curiosa de olhar...
Um acende, outro apaga,
num doce folgar...

São luzes que vagam
num brilho fugaz...
Enfeites das noites
de um calmo lugar.


(Sandra Sarmento)

terça-feira, 16 de julho de 2013

A PRINCESINHA (Andra Valladares)

Olá criançada, 

Hoje vou postar um poema especial para as meninas, ele foi inspirado na Ana Clara, minha sobrinha, e também na princesinha que fui um dia. 

Sei que existem muitas princesinhas por aí bem parecidas com essa. Espero que gostem. 

Beijinhos! 


Fotografia: autor desconhecido



A PRINCESINHA


A princesinha
chega na festa
bem arrumada,
bem penteada,
bem maquiada,
bem engomada,
toda cheirosa,
toda enfeitada...

Logo que chega,
os seus sapatos
ficam perdidos
pelo salão...
Passado um tempo
sem penteado,
laços de fita
enfeitam o chão...

No corre-corre
a maquiagem
agora escorre,
não foi em vão...
E o perfume
aonde está?
Ficou perdido
em algum lugar?

Hora do lanche
com suco de uva
e a princesinha
ganha um bigode... J
Pula que pula
a festa inteira.
Foi tão intensa!
Bem prazenteira...
  
A princesinha
entra no carro
e então, desmaia...
Descabelada
toda amassada,
cheirando a pena
e com bigode.
Mas sem problema...
Essa princesa
está tão bela,
que até parece
a Cinderela! 



Andra Valladares
(poema inspirado na princesinha Ana Clara, minha sobrinha)





quinta-feira, 11 de julho de 2013

O RESTAURANTE DO SACI (conto infantil)






O RESTAURANTE DO SACI
(Gabriel Sarmento e Andra Valladares) 


Diz a lenda que certa vez o Saci abriu um restaurante especial para seus amigos da floresta.

O Curupira estava fazendo aniversário e foi ao restaurante do Saci para comemorar. O Saci serviu para ele uma bela salada de frutas com maçã, banana, kiwi, uva e mel. Quando o Curupira sentou-se à mesa para comer, outros amigos que estavam escondidos apareceram e gritaram:

- Surpresa!

Os amigos, Caipora, Boitatá, Lobisomem, Mula-sem-cabeça e Iara chegaram cantando, um “parabéns pra você” diferente do que se canta na cidade. A música de aniversário deles era assim: “Parabéns pro Curupira, ele cuida da mata e é da nossa família das lendas brasileiras.”

Depois de cantar e cumprimentar o Curupira pelo aniversário, todos quiseram comer pois estavam com muita fome.

O Lobisomem pediu: - Quero um pedaço de carne “beeemmm grandeeee... Auuuuuuu!"

O Caipora falou: - Quero banana amassada com mel.

O Boitatá pediu: - Um peixe, pode deixar que eu mesmo o assarei no meu fogo.

A Iara falou para o Saci:

- Você vai ter que adivinhar o que eu quero. Vou dar uma pista... é uma fruta que tem a cor roxa.

O Saci afirmou: - Já sei... Jabuticaba!

A Iara disse: - Errou!

Ele falou: - Beterraba!

Dando uma risada, a Iara disse: - Desde quando beterraba é fruta, Saci? 

- Então, só pode ser uva... – falou o Saci.

- Sim, traga para mim! – exclamou a Iara.

A Mula-sem-cabeça, com sua voz cavernosa, pediu: - Quero unhas e dentes!

O Saci pensou: “- E agora?”

Então ele serviu os outros amigos que fizeram pedidos mais fáceis e falou para a Mula-sem-cabeça que iria providenciar o que ela havia pedido. Feito isso, pegou uma tesoura, entrou em seu redemoinho e foi direto para o Sítio do Pica-Pau Amarelo.

Chegando ao Sítio, contou a todos que precisava atender ao pedido da Mula-sem-cabeça e pediu para cortarem as unhas para levar para ela. 

O Pedrinho perguntou: - Mas a Mula-sem-cabeça quer só quer unhas?

O Saci disse: - Pior é que não... Ela também quer dentes! E se ficar com muita fome pode até atacar alguém...

Narizinho, com a cara assustada, falou: - As unhas eu corto mas meus dentes eu não dou não! 

Todos ficaram espantados e o Visconde falou: - E agora, o que podemos inventar para acabar com a fome da Mula-sem-cabeça?

A Emília deu um sorriso matreiro e falou: - Tive uma ideia bonecal! Tenho a solução para esse problema e ela está lá na minha canastrinha...

Falando isso, partiu correndo para o quarto da Narizinho, pegou sua canastrinha e voltou às gargalhadas para a sala.

- Aqui estão seus dentes, Saci! – falou a Emília, retirando de dentro da canastra uma dentadura velha de Dona Benta.

Dona Benta, meio sem graça, falou : - Mas que boneca atrevida!... Onde você achou isso, Emília?

- Ah... Encontrei, por aí... A senhora não ia querer mesmo essa dentadura velha faltando um dente da frente, né? Diz que não, por favor... – respondeu a boneca com a cara mais sapeca do mundo.

Dona Benta, segurando o riso e sabendo da gravidade da situação, rendeu-se ao pedido da Emília, dizendo:  - Não Emília... Essa boneca não tem jeito mesmo...

Então a boneca disse: - Pronto Saci, seu problema está resolvidíssimo, agora é só arrancar os dentes da dentadura e dar para a Mula-sem-cabeça, ela nem vai perceber a diferença.

A Tia Nastácia, fazendo o sinal da cruz, falou baixinho para Dona Benta: - E esse “Coisa Ruim”?  O que será que vai querer comer? Tomara que não passe pela minha cozinha e bagunce tudo...

O Saci agradeceu a todos, pegou as unhas cortadas, a dentadura, fez uma cara peralta e deu uma risada: - Eheheheh... – sumindo no mesmo instante em direção à cozinha.

Na cozinha ele encontrou um bolo de milho apetitoso que a Tia Nastácia havia acabado de preparar  para o café da manhã do dia seguinte e ainda estava quentinho...

Então, de lá mesmo, o Saci gritou: - Sinhá Nastácia! A cozinha não vou bagunçar mas esse bolo de milho eu vou levar!... Ehehehe...

Tia Nastácia foi correndo para a cozinha mas apenas sentiu o ventinho do redemoinho do saci, ele já havia sumido...

Fazendo o sinal da cruz, ela disse:  – Ah, seu pestinha! Ainda pego sua carapuça e te coloco na linha...

Então o Saci voltou para seu restaurante e entregou para a Mula-sem-cabeça as unhas e os dentes da dentadura. Ela comeu e perguntou: - Onde você conseguiu esses dentes, Saci?

Ele disse que era segredo e não podia contar. E perguntou: - Por que você não gostou?

Ela disse: - Se gostei? Eles são bem macios e com um sabor diferente... Eu adorei e virei sempre ao seu restaurante para comer mais.

O Saci deu um sorriso amarelo e falou: - Que bom! Eheheh...

Depois disso, perguntou aos outros amigos se haviam gostado de seus pratos e todos elogiaram a comida.

Então disse o Saci: - Agora que estão todos satisfeitos, quem vai comer sou eu... E vai ser esse espetacular bolo de milho feito pela maior quituteira de todas as histórias... hum!...

Os amigos falaram em coro: - Sobremesa? Também queroooo!

O Saci segurou o bolo de milho, arregalou os olhos e rapidamente finalizou o assunto: - Epa! Está na hora de vazar... Restaurante fechado, não vai mais funcionar !!!... Eheheh...

E desapareceu no vento... 

FIM




** TODOS OS DIREITOS RESERVADOS ** 

- Estou muito feliz com esse novo parceiro que consegui para me ajudar na criação de histórias. Esse importante parceiro é ninguém menos que meu filho Gabriel com toda a sabedoria, inventividade e ingenuidade de seus cinco anos de idade. Ele adora os mitos e lendas do Brasil, já li vários livros para ele sobre o assunto. Ele começou a criar essa história e eu fui escrevendo, quando se cansou comecei a inventar e ele também me ajudou dando seus pitacos. Este conto foi publicado no dia 26/08/2012 o blog "Poeticamente: Música Prosa e Verso".


segunda-feira, 8 de julho de 2013

ECA! (Andra Valladares)


Olá Amiguinhos,

Vou postar hoje um poema que escrevi e faz o maior sucesso entre a criançada, ele é todo construído com a rima ECA e conta a história do Zeca, levado da breca... No ano passado ele foi um dos poemas apresentados pelos alunos do Marista do 2º ano da Educação Infantil no "Alunos em Cena".

Beijinhos.

Andra 




ECA!

O Zeca, levado da breca,
encheu a caneca,
bebeu água à beça...
Depois, distraído,
brincando com a Teca,
ficou tão apertado
que fez xixi na cueca.
A mãe falou: - Eca, Zeca, que meleca!
Já lhe disse onde peca...
Se estiver apertado,
vá ao banheiro, sapeca!
Agora, vá lavar a cueca
e estender no varal que ela seca.


(Andra Valladares)