Este blog foi criado a pedido do meu filho Gabriel que tinha seis anos de idade quando iniciei. Ele queria ter um lugar para falar das coisas que gostava. Aqui postaremos muita coisa legal, como dicas de jogos, sites, livros, poesias, músicas, histórias e muito mais... Tudo que tenha "Cara de Criança".
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
O RESTAURANTE DA BRUXA (Andra Valladares)
O
RESTAURANTE DA BRUXA
a bruxa caluca,
que é UM TANTO MALUCA
inaugurou um
restaurante
com pratos
extravagantes...
na porta DE
ENTRADA, PENDUROU UM CARTAZ
COM o menu da
semana:
na segunda-feira
PRATO INCOMUM
ENSOPADO de
urubu com urucum
NA TERÇA-FEIRA
pRATO ESQUISITO
SAPO FRITO COM
MOLHO DE MOSQUITO
NA QUARTA-FEIRA
PRATO SEM IGUAL
TORTA DE BATATA
COM RECHEIO DE BARATA
NA QUINTA-FEIRA
PRATO QUASE
PERFEITO
mACARRÃO AO
FORNO COM PELO DE GATO PRETO
NA SEXTA-FEIRA
PRATO DE BAIXA CALORIA
SALADA DE
URTIGA SALPICADA COM FORMIGAs
NO SÁBADO
PRATO QUE É UM
ESTOURO
FAROFA DE
PÓLVORA COM ASAS DE BESOURO
NO DOMINGO
PRATO TAMANHO
FAMÍLIA
ESPAGUETE de
minhoca com MOLHO DE ERVILHA
PARA QUEM GOSTA
DE SOBREMESA,
TEM TODOS OS DIAS da semana:
SORVETE DE
PIMENTA COM COBERTURA VERDE GOSmENTA
TORTILHAS DE
MAÇÃ COM BABA DE VACA aLEMÃ
cUPCAKE DE
OURIÇO COM GOTAS DE CHOCOLATE SUIÇO
BANANA FLAMBADA
COM BOLACHA MOFADA
pAra quem não
quer provar nada,
a bruxa caluca
dá sua risada
que deixa toda
gente arrepiada...
hAhahahahaha
!!!! hihihi !!!
(Andra Valladares)
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
sábado, 3 de agosto de 2013
Cecília Meirelles - Poemas infantis
Olá amigos.
Hoje vamos postar dois poemas de uma grande poeta chamada CECÍLIA MEIRELES, que nasceu no Rio de Janeiro , no dia 07/11/1901 e faleceu na mesma cidade no dia 09/11/1964. Ela foi poeta, pintora, professora e jornalista e é considerada um dos maiores nomes da poesia lírica brasileira. Dentre os poemas de sua extensa obra literária, a autora também possui poemas voltados para o público infantil.
Cecília Meireles
Os poemas abaixo fazem parte do livro OU ISTO OU AQUILO publicado pela primeira vez no ano de 1964. Atualmente esse livro foi relançado pela Global Editora em uma bela edição de capa dura e ricamente ilustrado por ODILON MORAES.
No dia 18 de abril deste ano, Dia da Literatura Infantil, presenteei a mim mesma com este livro pois sou fã da Cecília e a considero como minha poeta-musa-inspiradora. Amo tudo que ela escreveu!
Espero que gostem dos poemas que selecionei para vocês.
Beijinhos!
Andra
LEILÃO DE JARDIM
Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,
ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de
sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este
formigueiro?
E este sapo, que é
jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é meu leilão!)
A AVÓ DO MENINÓ
A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz "cocorocó!"
A avó bate pão-de-ló
e anda um vento-t-o-tó
na cortina de filó.
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz "cocorocó!"
A avó bate pão-de-ló
e anda um vento-t-o-tó
na cortina de filó.
A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
mas se o neto Ricardó
mas se o neto travessó
vai à casa da avó,
os dois jogam dominó.
vive só.
Mas se o neto meninó
mas se o neto Ricardó
mas se o neto travessó
vai à casa da avó,
os dois jogam dominó.
sábado, 27 de julho de 2013
Onomatopeia (Valsema Rodrigues)
Olá Amigos,
Andra
Hoje vou postar um poema chamado ONOMATOPEIA que foi escrito por uma amiga muito querida chamada Valsema Rodrigues. Costumo chamar Valsema de Val e a considero minha "fada-madrinha" por ter aparecido de repente na minha vida e com sua "varinha mágica" da amizade e generosidade, ter me ajudado a realizar dois grandes sonhos.
Espero que gostem desse poema que além de muito legal também tem objetivo didático. Futuramente postarei outros trabalhos da fada Val por aqui.
Você sabe o que é uma ONOMATOPEIA?
BeijinhosVocê sabe o que é uma ONOMATOPEIA?
Onomatopeia é como se chama a figura de linguagem que representa a REPRODUÇÃO DE UM SOM com um fonema ou palavra.Ruídos, gritos, canto ou sons de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, dentre outros sons fazem parte do universo das onomatopeias. As onomatopeias são muito usadas nas histórias em quadrinhos.
Você pode, inclusive, criar uma onomatopeia de determinado som. Que tal tentar?
Neste instante estou ouvindo o som do vendedor de quebra-queixo tocando seu triângulo: toc...toc..tique...tim...toc...tim..tim... tim...
Andra
Onomatopeia
Lá vai o caracol
todo enroladinho
levando a gramática
nas costas...
Lá vai o caracol
andando bem devagar...
Não quer acordar o sol
nem o amarelo girassol...
La vai o caracol
agachadinho
para não perturbar
o vizinho,
por isso repete baixinho:
Tique-taque...
Pum! Pum!
Tchibum! Tchibum!
Zás-zás...
Zum-zum... zum-zum...
Onomatopeia!
(Valsema Rodrigues)
** poema integrante do livro "No Reino das Palavras" **
Valsema Rodrigues
Valsema Rodrigues é professora, poeta e declamadora. Reside em Vila Velha há 40 anos. É membro da Academia de Letras Humberto de Campos, Academia Feminina Espírito-santentese de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Espírito-Santo e Clube dos Trovadores Capixabas. Autora dos seguintes livros: Trovas infantis; Levadinha da Breca; Liberdade na Poesia; No Amor na Primavera (bilingue) e participou de várias coletâneas de poesias. Sua obra mais recente é o livro de poemas "NO REINO DAS PALAVRAS".
Contato: val.vix@terra.com.br
Valsema, Gabriel e Andra - a foto acima foi tirada no dia em que fomos ao Shopping Boulevard Vila Velha declamar poemas do Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Pirilampos (Sandra Sarmento)
Olá amigos!
Hoje vou postar um poema que minha mãe escreveu e gosto muito. Musiquei esse poema e a canção ficou bem bacana, qualquer dia posto um video para vocês conhecerem.
Beijinhos,
Andra
Pirilampos
Gotinhas
de luz
a
piscar...a piscar...
Na
noite escura,
num
doce bailar.
Gentis
pirilampos
deslizam
no ar...
Parece
magia,
curiosa
de olhar...
Um
acende, outro apaga,
num
doce folgar...
São
luzes que vagam
num
brilho fugaz...
Enfeites
das noites
de
um calmo lugar.
(Sandra Sarmento)
terça-feira, 16 de julho de 2013
A PRINCESINHA (Andra Valladares)
Olá criançada,
Hoje vou postar um poema especial para as meninas, ele foi inspirado na Ana Clara, minha sobrinha, e também na princesinha que fui um dia.
Sei que existem muitas princesinhas por aí bem parecidas com essa. Espero que gostem.
Beijinhos!
A
PRINCESINHA
A
princesinha
chega
na festa
bem
arrumada,
bem
penteada,
bem
maquiada,
bem
engomada,
toda
cheirosa,
toda
enfeitada...
Logo
que chega,
os
seus sapatos
ficam perdidos
pelo
salão...
Passado
um tempo
sem
penteado,
laços
de fita
enfeitam
o chão...
No
corre-corre
a
maquiagem
agora
escorre,
não
foi em vão...
E o
perfume
aonde
está?
Ficou
perdido
em
algum lugar?
Hora
do lanche
com
suco de uva
e a
princesinha
ganha
um bigode... J
Pula
que pula
a
festa inteira.
Foi
tão intensa!
Bem prazenteira...
A
princesinha
entra
no carro
e
então, desmaia...
Descabelada
toda
amassada,
cheirando
a pena
e com
bigode.
Mas
sem problema...
Essa
princesa
está
tão bela,
que
até parece
a Cinderela!
quinta-feira, 11 de julho de 2013
O RESTAURANTE DO SACI (conto infantil)
O RESTAURANTE DO SACI
(Gabriel Sarmento e Andra Valladares)
Diz a
lenda que certa vez o Saci abriu um restaurante especial para seus amigos da
floresta.
O
Curupira estava fazendo aniversário e foi ao restaurante do Saci para
comemorar. O Saci serviu para ele uma bela salada de frutas com maçã, banana,
kiwi, uva e mel. Quando o Curupira sentou-se à mesa para comer, outros amigos
que estavam escondidos apareceram e gritaram:
-
Surpresa!
Os
amigos, Caipora, Boitatá, Lobisomem, Mula-sem-cabeça e Iara chegaram cantando,
um “parabéns pra você” diferente do que se canta na cidade. A música de
aniversário deles era assim: “Parabéns pro Curupira, ele cuida da mata
e é da nossa família das lendas brasileiras.”
Depois de
cantar e cumprimentar o Curupira pelo aniversário, todos quiseram comer pois
estavam com muita fome.
O
Lobisomem pediu: - Quero um
pedaço de carne “beeemmm grandeeee... Auuuuuuu!"
O Caipora
falou: - Quero banana amassada
com mel.
O Boitatá
pediu: - Um peixe, pode deixar
que eu mesmo o assarei no meu fogo.
A Iara
falou para o Saci:
- Você vai ter que adivinhar o que eu
quero. Vou dar uma pista... é uma fruta que tem a cor roxa.
O Saci
afirmou: - Já sei...
Jabuticaba!
A Iara
disse: - Errou!
Ele
falou: - Beterraba!
Dando uma
risada, a Iara disse: - Desde
quando beterraba é fruta, Saci?
- Então, só pode ser uva... – falou o Saci.
- Sim, traga para mim! – exclamou a Iara.
A
Mula-sem-cabeça, com sua voz cavernosa, pediu: - Quero unhas e dentes!
O Saci
pensou: “- E agora?”
Então ele
serviu os outros amigos que fizeram pedidos mais fáceis e falou para a
Mula-sem-cabeça que iria providenciar o que ela havia pedido. Feito isso, pegou
uma tesoura, entrou em seu redemoinho e foi direto para o Sítio do Pica-Pau
Amarelo.
Chegando ao
Sítio, contou a todos que precisava atender ao pedido da Mula-sem-cabeça e
pediu para cortarem as unhas para levar para ela.
O Pedrinho perguntou: - Mas a Mula-sem-cabeça quer só quer unhas?
O Saci
disse: - Pior é que não... Ela
também quer dentes! E se ficar com muita fome pode até atacar alguém...
Narizinho, com a cara assustada, falou: - As unhas eu corto mas meus dentes eu não dou não!
Todos
ficaram espantados e o Visconde falou: - E agora, o que podemos inventar para
acabar com a fome da Mula-sem-cabeça?
A Emília deu um sorriso matreiro e falou: - Tive uma ideia bonecal! Tenho a solução para esse problema e ela está lá na minha canastrinha...
Falando
isso, partiu correndo para o quarto da Narizinho, pegou sua canastrinha e
voltou às gargalhadas para a sala.
- Aqui estão seus dentes, Saci! – falou a Emília, retirando de dentro
da canastra uma dentadura velha de Dona Benta.
Dona
Benta, meio sem graça, falou : -
Mas que boneca atrevida!... Onde você achou isso, Emília?
- Ah... Encontrei,
por aí... A senhora não ia querer mesmo essa dentadura velha faltando um dente
da frente, né? Diz que não, por favor... –
respondeu a boneca com a cara mais sapeca do mundo.
Dona
Benta, segurando o riso e sabendo da gravidade da situação, rendeu-se ao pedido
da Emília, dizendo: - Não Emília... Essa boneca não tem jeito mesmo...
Então a
boneca disse: - Pronto Saci,
seu problema está resolvidíssimo, agora é só arrancar os dentes da dentadura e
dar para a Mula-sem-cabeça, ela nem vai perceber a diferença.
A Tia
Nastácia, fazendo o sinal da cruz, falou baixinho para Dona Benta: - E esse “Coisa Ruim”? O que
será que vai querer comer? Tomara que não passe pela minha cozinha e bagunce
tudo...
O Saci
agradeceu a todos, pegou as unhas cortadas, a dentadura, fez uma cara peralta e
deu uma risada: - Eheheheh... – sumindo no mesmo instante em direção
à cozinha.
Na
cozinha ele encontrou um bolo de milho apetitoso que a Tia Nastácia havia
acabado de preparar para o café da manhã do dia seguinte e ainda estava
quentinho...
Então, de
lá mesmo, o Saci gritou: -
Sinhá Nastácia! A cozinha não vou bagunçar mas esse bolo de milho eu vou
levar!... Ehehehe...
Tia
Nastácia foi correndo para a cozinha mas apenas sentiu o ventinho do redemoinho
do saci, ele já havia sumido...
Fazendo o
sinal da cruz, ela disse: – Ah, seu pestinha! Ainda pego sua carapuça
e te coloco na linha...
Então o
Saci voltou para seu restaurante e entregou para a Mula-sem-cabeça as unhas e
os dentes da dentadura. Ela comeu e perguntou: - Onde você conseguiu esses dentes,
Saci?
Ele disse
que era segredo e não podia contar. E perguntou: - Por que você não gostou?
Ela
disse: - Se gostei? Eles são bem macios e com um sabor diferente... Eu adorei
e virei sempre ao seu restaurante para comer mais.
O Saci
deu um sorriso amarelo e falou: -
Que bom! Eheheh...
Depois
disso, perguntou aos outros amigos se haviam gostado de seus pratos e todos
elogiaram a comida.
Então
disse o Saci: - Agora que
estão todos satisfeitos, quem vai comer sou eu... E vai ser esse espetacular
bolo de milho feito pela maior quituteira de todas as histórias... hum!...
Os amigos
falaram em coro: - Sobremesa?
Também queroooo!
O Saci
segurou o bolo de milho, arregalou os olhos e rapidamente finalizou o assunto: - Epa! Está na hora de vazar...
Restaurante fechado, não vai mais funcionar !!!... Eheheh...
E
desapareceu no vento...
FIM
** TODOS
OS DIREITOS RESERVADOS **
- Estou
muito feliz com esse novo parceiro que consegui para me ajudar na criação de
histórias. Esse importante parceiro é ninguém menos que meu filho Gabriel com
toda a sabedoria, inventividade e ingenuidade de seus cinco anos de idade. Ele
adora os mitos e lendas do Brasil, já li vários livros para ele sobre o
assunto. Ele começou a criar essa história e eu fui escrevendo, quando se
cansou comecei a inventar e ele também me ajudou dando seus pitacos. Este conto
foi publicado no dia 26/08/2012 o blog "Poeticamente: Música Prosa e
Verso".
segunda-feira, 8 de julho de 2013
ECA! (Andra Valladares)
Olá Amiguinhos,
Vou postar hoje um poema que escrevi e faz o maior sucesso entre a criançada, ele é todo construído com a rima ECA e conta a história do Zeca, levado da breca... No ano passado ele foi um dos poemas apresentados pelos alunos do Marista do 2º ano da Educação Infantil no "Alunos em Cena".
Beijinhos.
Andra
ECA!
O Zeca, levado da breca,
encheu
a caneca,
bebeu
água à beça...
Depois,
distraído,
brincando
com a Teca,
ficou
tão apertado
que
fez xixi na cueca.
A
mãe falou: - Eca, Zeca, que meleca!
Já
lhe disse onde peca...
Se
estiver apertado,
vá
ao banheiro, sapeca!
Agora,
vá lavar a cueca
e
estender no varal que ela seca.
(Andra
Valladares)
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